Cientistas descobriram recentemente um novo material capaz de absorver energia solar durante o dia e emitir para o espaço para obter o resfriamento a noite, podendo gerar energia solar 24 horas por dia. O material foi desenvolvido pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China. O material de revestimento tem como base a película de dióxido de vanádio (VO2) e sua mudança do modo de aquecimento para o resfriamento ao longo de um ciclo dia-noite de 24 horas não gera custos de energia extra, de acordo com Zou Chongwen e Pei Gang, cientistas líderes do projeto da universidade.
Material capaz de gerar energia solar 24 horas por dia
A película VO2 conta com propriedades de autoadaptalidade e está em fase metálica, podendo ser aquecida a 170 graus Celsius acima da temperatura ambiente sob a luz do sol, já no escuro, a película capaz de gerar energia solar 24 horas por dia se transforma em um isolante, podendo ser resfriado 20 graus Celsius abaixo da temperatura ambiente.
O estudo dos cientistas representa uma nova abordagem para a energia solar e do espaço sideral, e é de interesse emergente, de acordo com sua revisão por pares. O material capaz de gerar energia solar 24 horas por dia pode ser aplicado em diversas áreas como conservação de energia em edifícios, refrigeração de termelétricas, sistemas fotovoltaicos e fornecimento de energia no espaço sideral, de acordo com os cientistas.
Até então, o único problema do uso do material é seu alto custo, entretanto, materiais substitutos com técnicas parecidas, entretanto de menor eficiência, aproximam-se da produção em massa, de acordo com Pei.
Mercado de energia solar avança e cria diariamente novas tecnologias
Um grupo de cientistas da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália, desenvolveram uma tecnologia que pode gerar energia solar durante a noite. O equipamento gera eletricidade por meio da energia solar noturna, tecnologia recentemente descoberta. Isso pode ser gerado por meio do calor irradiado com luz infravermelha, da mesma forma que a Terra esfria ao irradiar para o espaço durante a noite.
O estudo foi liderado por uma equipe de cientistas da Escola de Engenharia de Energia Fotovoltaica e Renovável da instituição.
Para conseguir tal feito, a equipe utilizou um dispositivo semicondutor chamado de diodo termorradiativo, que é composto por materiais encontrados em óculos de visão noturna. Embora a energia solar útil gerada pela tecnologia seja pequena, os cientistas afirmam que a tecnologia pode ser aprimorada futuramente.
Energia solar no Brasil
O Brasil atingiu a marca de 1 milhão de sistemas de geração de energia solar em telhados, pequenos terrenos, fachadas, somando mais de 10,6 gigawatts em potência, de acordo com um mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgado na última segunda-feira (23).
A capacidade instalada da geração de energia solar distribuída, que basicamente são usinas de até 5 MW construídas no local de consumo, já ultrapassou as grandes usinas da fonte no país e atualmente representa mais de 67% da potência total.
Os consumidores residenciais lideram a utilização da energia solar distribuída, tanto em quantidade de sistemas conectados à rede (77,6% do total), quanto em potência instalada (45,4%), de acordo com levantamento da instituição. Logo após os residenciais, vem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços com 12,5% das conexões e 32,3% da potência.